A ESFERA
Ao pé de mim sorria altisonanté
Foi a luz no meu olhar infante
Levada na mão do vento Norte
entre estrelas altíssimas subiu.
Vejo-a brilhar agora na distância
esfera de luz não volta mais
branda candura
suavemente
poisou um dia na mão
tão brilhante transparente
ilusão...
Durante anos a esfera
iluminou-me olhos, a mão.
Nasciam versos dessa luz virente
sangue a fluir do coração.
Olhei-a na ternura de criança
A olhá-la cresci
fiz-me mulher.
Minha esfera d’esperança
não parava igualmente
de crescer.
Certo dia soprou o vento, forte
minha esfera de luz não resistiu
levada na mão do vento norte
entre estrelas altíssimas subiu.
Vejo-a brilhar ao longe na distancia
a esfera de luz não voltou mais
como não volta mais a minha infância
d’inocência, cantos naturais.
é um poema mais
ou é o grito!
Cada vez que lembro a esfera ausente
a acenar dos fins do infinito.
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