É de manha
Na aldeia os sinos
Têm memórias a despertar
Lembram as vozes de mil meninos
Que iam prà escola sempre a cantar
Agora escutam ó melodia
Subindo a estrada, carros de bois
Ouvem-se guizos trepar atalhos
Alvo rebanho o cão após
Flautas de cana furando o espaço
De capa ao vento
Segue o pastor
Ainda os céus em tom cinzento
Veem raiar laivos de sol
Nos lares dormita o pensamento
Ao despertar do arrebol
Pelo caminho das Malhadinhas
Verdeja a erva brilha o orvalho
Desperta o campo soam matinas
Abrem-se portas
polos postigos
Começa o dia
áspero trabalho.
Marília Gonçalves
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