Concidadãos
Porque
as tretas de que falo num e-mail de 2010 estão a fazer o seu curso,
ainda hoje tive de abordar com colegas meus do liceu, reenvio este esse
e- mail , remetido a membros de uma tertúlia de licenciados que
colocaram tudo em causa, sempre o mesmo preconceito para com os
militares do QP, aqueles que com tanto demérito Manuel Alegre refere nos
seus escritos de guerra ,à excepção de Melo Antunes
Que se ponha cobro à manipulação, mentira, covardia e traição.
Basta, tanta gente calada junto às tetas do OGE, como desde sempre.
Que
as vozes caudais da verdade, da honra e da coragem à Salgueiro Maia se
levantem e não permitam o livre curso da vil manipulação e comércio.
saudações do Imortal e único Abril
Andrade da silva
tenente revoltoso do 25 de Abril de Pé
Porque
penso que gente honesta só diz o que não é, por ignorância,, vou dar
alguns dados verificáveis sobre os acontecimentos (factos) do 25 de
abril
1 -10 oficiais milicianos feridos por um do QP,
Bem, isto, é, aritmética pura, assim como
mantendo-se o mesmo risco provável em relação à Guiné,angola devia ter
mais 2,1 vezes mais feridos e moçambique 1,2, assim, também em
relação aos praças, sargentos e oficiais. Considera-se como núcleo duro
operacional de uma companhia de atiradores sujeitos ao mesmo risco: 108
soldados, 12 furrieis, 2 sargentos 4 alferes milicianos e 1 capitão,
logo como os QP são capitães haveria na pior hipótese por cada 4
milicianos feridos1 oficial QP capitão, como o seu empenhamento em
acções de combate naturalmente era bem menor do que dos comandantes de
pelotão, logo, como consequência disto, tanto poderia ser 1 por 10 ou
mais, tem a ver com o número de acções que os capitães milicianos ou do
QP faziam. É matemática assim como por cada 108 soldados feridos, poderá
haver 12 furriéis, 2 sargentos, 4 alferes, 1 capitão.
2-O 25 de Abril e a questão dos milicianos
É um vómito insistir-se que o 25 de Abril teve a
ver com o problema dos oficiais milicianos do quadro especial, isso,
ficou resolvido em Agosto de 73, obviamente que também se salazar
tivesse sido democrata e justo para com a maioria dos portugueses não
havia fascismo, nem luta anti-fascista, mas ainda porque julgo que é
ignorância e não má fé ou perversão insisto que logo após a reunião de 9
de Setembro de 1973, constitui-se um grupo de unidades de força EPI,
PAraquedistas, EPA etc, para estudarem a tomada do poder pela força, e
são estes que se reúnem na casa do Salgueiro Maia para pedirem
aos generais que respondam por escrito e com um plano a duas questões:
a- qual a solução para a politica interna
b -para a guerra de África ( insisto logo a partir 9
setembro 73 se começa a trabalhar nisto, num grupo restrito) -o que tem
isto haver com o tal decreto que obviamente foi um ignidor, se tudo
estivesse bem em todos oa sectores ninguém se movia, claro que se
salazar tivesse sido esperto pagasse bem aos militares do QP, os
promovesse depressa e pusesse os capitães milicianos a fazer a guerra
teria feito dos oficiais QP uma casta, podiamos ter jogado nesse
tabuleiro corporativo, não o fizemos, eles davam-nos tudo, aliás, no 25
Abril 74 o ministro ia-nos dar dinheiro. Espero que os factos esclareçam dúvidas crenças já será mais dificil.
A isto, segundo o cor Frade junior o gen. Spinola
terá dito que não queria nada como movimemto dos capitães, porque tinha a
calçada da ajuda por sua conta, estas reuniões tiveram lugar Novembro e
dezembro de 73., na casa de Salgueiro Maia estive lá confirmo o que
afirmo e esta relatado por dinis de almeida e sousa e castro
3- REVOLUÇÃO
Ninguém é seu dono e muito menos os que só
descobriram o que era fazer alguma coisa pelo seu povo depois do 25 de
Abril 74, quem nunca fez a ponta de um corno onde seja preciso coragem
não sabe do que se está a falar. Estive na guerra, fui instrutor, fiz na
guerra e na instrução progressões debaixo de fogo, sei por experiência a
coragem que é preciso para avançar e manter a tropa no terreno, os que
só conhecem estas coisas das televisões deveriam ser mais humildes.
Seja como for a ideia de que se devia fazer uma revolução armada
foi discutida numa reunião de 24 novembro 73, obviamente que depois a
revolução no terreno no que teve de bom e de mal foi feita por UMA
MINORIA DO POVO e NÃO POR TODO O POVO e CONTOU SEMPRE COM A ALA
PROGRESSISTA PARA BEM E PARA O MAL DO MFA, SEM O APOIO DESTA ALA nada
ou pouco se teria feito.
De Alcácer do sal, a Fronteira, passando por
Coruche, Mora,Canha, Lavre, Vendas Novas, Montemor, Évora tudo foi
feito sempre numa estreita aliança do povo com o MFA, terminada esta
aliança o que aconteceu nesta zona foi agressões aos trabalhadores e
mortes. Ser revolucionario não é ter o cartão de um partido, como se
isso fosse um diploma de licenciatura.
4 - Tomada da EPA às 22 55 de 24 de Abril
Só um IDIOTA CHAPADO DE UM MILITAR INCOMPETENTE E CRETINO
pode ter dito ao Benjamim que foi um acto precipitado. Foi naquelas
circunstãncias concretas um acto de elevado risco e generosidade, mas o
que permitia tomar a unidade de certeza.
Como o Ministro da Defesa ia visitar a EPA no dia
seguinte fez-se uma reunião depois do jantar com os comandantes para os
pormenores. Se a acção falhasse tanto às 23 como as 24 poderia
comprometer o movimento, mas podia falhar mais às 24 do que às 23,
portanto Benjamim podes dizer a esse militar que espero que não seja um
pobre faxina que não sabe do que fala é UM PARVALHÂO, se me disseres o
seu nome envio-lhe o recado.
O maior risco que houve foi para os militares da
EPA se os outros tivessem borregado estavamos feitos ao bife, se a acção
tivesse falhado havia um risco para o movimento como no o caso do CIAAC
e outros, mas porque havia de falhar se era a melhor oportunidade para o
fazer? Isto é mesmo de doidos faz-se o melhor para facilitar e
garantir o sucesso e vêm uns tipos dizer que aquilo foi uma
precipitação, não , não foi. Foi sim um acto corajoso com um risco
exclusivo para os que o fizeram, porque o sucesso desta acção estava
garantido poderiam era os outros borregarem.
5 -Munições
A EPA trazia o máximo potencial de fogo de granadas
de artilharia, granadas e munições que podia carregar na coluna de 16
viaturas que constituíam a coluna, não se podiam trazer 500 viaturas,
tudo foi calculado em funçaõ dos objectivos e da sua rápida
neutralização, tão rápida que só a presença das forças foi suficiente, o
QUE É UM GRANDE VITÓRIA ,É A MAIS IMPORTANTE ROUBAR AO ADVERSÁRIO A
VONTADE DE COMBATER, igual vitória foi conseguida em relação à fragata
Gago Coutinho , agora, o que se pode dizer, quando querem negar que a
fragata lá estava e foi lá posta para cumprir uma missão, facto narrado
pelos oficiais imediatos do vaso de guerra, ora se não foi assim,
então como foi e quem o narra, fora deste quadro mental estamos no
delírio puro, e nada contra isso a razão pode.
Experiência de combate todos os oficiais QP tinham
pelo menos uma comissão, os praças eram veteranos, quanto ao tiro de
artilharia adequada prática e o obus 8.8 era adequado para a luta
anti--carros de combate. Os carros de combate de CV7 podiam ser
bombardeados ou não do Cristo Rei se não pudessem podiamos ir para
posições alternativas dada a grande mobilidade do material e a sua fácil
entrada em posição, logo era um meio adequado.
MAS A GRANDE VITÓRIA FOI TER-SE GANHO SEM FAZER UM
TIRO, ISTO, É QUE É A GRANDE VITÓRIA QUE OU DETRACTORES OU POR ALGO
ESTRANHO SE QUER DENEGRIR :GANHAR SEM DISPARAR,
SEM SE FERIR E SEM FERIR É O MÁXIMO MÉRITO E ORGULHO. HÁ SÉCULOS QUE É
ASSIM LOGO... qual o porquê do levantamento desta questão.
Claro está que depois de ganhar como se ganhou
tudo pareceu muito fácil, mas o acto de coragem foi tomar as unidades e
marchar para Lisboa tudo correu muito bem, mas quem o garantia antes de
se ganhar.Nenhuma bruxa nos revelou qual o nosso destino.
De qualquer modo foram estes capitaes que venceram
abraço
asilva
Ps bibiografia dinis almeida "origens e evolução do movimento de capitães", edições sociais,sd
obra repleta de documentos
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