Saber se a sede do verso
esta fome do poema
o sonho vago disperso
que nós dói, nos envenena
são vozes do universo
captadas pelo fonema.
Saber donde vem a fala
em que o poema interpreta
o mistério que se exala
da sua origem secreta.
Dão-lhe nome: inspiração.
Dom ou dádiva mas donde
que fonte nós trás à mão
o segredo em que se esconde?
Pétalas d’água aprumadas
na incerteza de ser.
Formas que foram criadas
pra tentar compreender
Marília Gonçalves
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