Trago nos sonhos
Fontes e montanhas
Brancas cancelas
No meu jardim
Cortinas de rosas nas janelas
E uma pomba a esvoaçar dentro de mim
Mas por detrás dos sonhos
Trago sombras
Serpentes venenosas luzidias
Que trepam as alfombras
Nas paredes
E são a minha febre
E companhia
E choram baços os meus olhos
Enquanto o meu sonhar sorri à despedida
Eu vou pisando escolhos
E vou vendo
Aproximar o fim da minha vida.
Marília Gonçalves
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