Uma página apagada
no remoinho da ideia
onde há outra iluminada
Leves cavalos ao vento
saltam pontes abissais
passam sobre o pensamento
a saltar cada vez mais.
A noite ao saltar recuam
em passo tão aprendido
de longe vêem e voam
em símbolos do não vivido.
Cavalos de tanta cor!
Em tanta fome que ha.
Cavalos de ódio? De amor?
Cavalos no Saará!
Marília Gonçalves
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