Implume Voo (ao meu primeiro filho)
oiço baixinho
chorar
uma ave de cristal
como menino ao perder
a protecção maternal.
Oiço e vejo
breve aroma
em movimento fugaz
o amor à vida torna
na inconstância da paz.
Na memória se agudiza
tempo que o tempo levou
mas a dor, essa eterniza
a mãe que nunca chorou.
Sobre níveo terno berço
vêm minhas mãos poisar
ai, meu filho, se adormeço
despertas no meu olhar!
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