Era verão sentias sede
ofereci-te água da fonte
à beira do olival
que trepava pelo monte
olhaste toda a frescura
que atenuava o calor
em meu olhar a ternura
era outra fonte de ardor
de tal modo te aqueceu
que a água se evaporou
água que ninguém bebeu
a sede a vida durou!
a sede hoje ainda tortura
essa sede tão antiga
do tempo em que tu rapaz
me viste ser rapariga.
Marilia Gonçalves
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