Sou eu que acordo em mim cada manhã
sou eu também que em mim própria adormeço
sou eu que vivo aqui
para além
do vendaval do meu apreço
sou eu que me respeito, dilacero
sou eu de peito aberto, mas sincero
quem fecha ou abre a minha madrugada.
Sou eu que a rastejar pelos caminhos
me coroo de nuvens, de espinhos
cambaleante entre ser tudo e nada.
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