de Eros a Vénus
Se até interior pele é simpatia
se vertem água frutos de outra luz
se nasce em turbilhão a luz do dia
se os céus hoje sangue eram azuis
Se as mãos acenam gestos invisíveis
os olhos tocam paisagens nunca vistas
sobre colinas de formas indisíveis
tombando em corpos na febre das conquistas
Se o corpo traz a marca do levante
a perfurar o âmago do dia
a desfazer a hora deslumbrante
em que o vencedor ganhando, se rendia
Se houver nas bocas a espuma do combate
nos braços uma garra que detém
o dia entre laços de vazante
a ir sempre mais longe, mais além
Não procures respostas à pergunta
de quem quer perceber até ao dia
e vê apenas a gruta que te afunda
em fúria! Em temporais! Em poesia.
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