Ó corações eternos da manhã
do crepúsculo
Ó amantes da vida
que a morte nos levou
onde estão os sorrisos
que sol iluminaram
onde está vossa voz
o eco necessário?
Onde está vossa força
essa ribeira mansa
a fluir, a cantar,
da fonte da esperança?
Onde está vosso gesto
que por leve se impunha
essa voz de protesto
o verbo que liberto
nosso olhar impelia.
Ó corações eternos
há no pó dos caminhos
o sangue que deu vida
e a vida alimenta.
A poeira não esquece
a índole da terra
nasceu do trigo puro
que vós fostes um dia
.
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