Amarelecem ideias
passam os dias em vão
de vidas e vidas cheias
de vazio e solidão.
Espinoteiam com braveza
sonhos que foram um dia
a imagem da beleza
que a si própria renuncia.
O vendaval se transforma,
do húmus forte perfume
deixa sobre a terra morta
o corpo aceso do lume.
Mais longe, ‘inda mais além
dissipam-se miniaturais
voos de quem nunca vem
da que não regressa mais.
Saber! Dar a mão ao tempo
gritar estrelas e criar.
Giratório movimento
que ninguém sabe parar.
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