Violoncelos a arder
uma noite me chama
Harpa de luz
flor de vento
traz meus versos a doer
taça azul da minha febre
meu continente aquático
se o poema sente sede
é que o poeta derrama
o sangue a seiva a escorrer
de cada verso saído
na palavra por vencer
dentro e fora do ouvido.
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