Aqui vão 2 sonetos. O segundo é o mais antigo, mas não é por acaso que eu o coloco no fim.
Qual é o problema?
Gostaria que
respondessem à seguinte questão: - Se tivessem de escolher um deles,
qual dos dois seria o vosso preferido? (Não se trata da forma, mas sim
dos conteúdos dos mesmos).
A resposta a esta questão é importante para mim. Por favor enviem-ma num "re-play" .
Com um grande abraço, aí vão as "feras".
1º-
A MURALHAAnte aquela alvorada de utopia
que buscámos na vida em sobressalto
ergue-se agora um muro de basalto
duro demais para a nossa rebeldia.
Cansados da peleja, dia a dia
em planícies, montanhas ou mar alto,
sucumbimos, vergados, sobre o asfalto
da tão comprida estrada que nos guia.
Esta muralha esmaga a confiança,
aprisiona o sonho, a nossa vida
e o nosso suspirar pelo futuro.
É preciso de novo hastear a esperança
que nos foi sempre apoio na corrida.
Venham daí! Vamos saltar o muro.
2º-
O REGRESSO DO MOSTRENGO
O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar.
FERNANDO PESSOA, Mensagem
O mostrengo não está no fim do mar.
Ocupa as ruas, bate à nossa porta,
vomita chamas na cidade morta,
escreve garatujas no luar.
Ei-lo que espreita em cada patamar
pronto a saltar-nos à garganta. Importa
lançar brados de alerta à malta absorta
que se deixou nos ventos embalar.
De pé! O monstro volta! Unir fileiras!
Deixemos as diferenças das bandeiras:
É preciso avançar em marcha unida.
A nossa força é sermos um só povo
e uma só terra a defender de novo.
A morte do mostrengo é a nossa vida!
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