DA CIDADANIA DE MILHÕES DE PORTUGUESES. ABAIXO O JOGO DA ROLETA RUSSA.
( CRAVOS NO CHÃO. ERGUEI-VOS PELA DIGNIDADE, A DEMOCRACIA E O DESENVOLVIMENTO)
Diz,
declara solenemente, o sr. Presidente da República, que o país está
numa situação gravíssima, o que, descodificando poderá querer dizer que
estamos à beira da Bancarrota, isto é, deixar de haver dinheiro para o
pagamento das despesas internas desde as de saúde, à das pensões ou
vencimentos, dito de outro modo, é a falência do Estado e tudo fica
paralisado.
Toda
a gente é abandonada ao seu azar e os bancos ficam vazios de dinheiro,
também, por aqui, as pessoas com poucas poupanças ficam a zero,
entretanto, os ricos puseram o seu dinheiro nos lugares seguros, onde,
já estão, nos paraísos fiscais. Chegados
a esta situação ou na sua proximidade, para evitar a eclosão do
fenómeno argentino na Europa, Portugal terá e aceitar todas as duras
condições do FMI e do BCE.
Há
todavia pessoas tão alienadas, mesmo das que se julgam bem informadas
que se têm recusado por cegueira a aceitarem o realismo das dezenas de
alertas que nos outros sitios e, também, aqui temos feito, imaginando e
acreditando nas ficções de alguns dogmáticos e outros mentirosos, e,
isto, apesar das sucessivas provas que neste blogue se tem antecipado os
acontecimentos nefastos que nos têm atingido: falou-se desta grande
crise em Fevereiro 2008 - vinham aí anos de todos os perigos na
sequência do alerta do economista Ferreira do Amaral;
a vitória do PS em 2009 e o não crescimento da esquerda; referiu-se que
o crescimento do BE não ultrapassaria uma parte dos descontentes do PS e
não a sua totalidade, como os estrategas do BE julgavam, colocando o
seu score eleitoral em 12%; previu-se a subida do CDS, que veio
acontecer e a derrota estrondosa do PSD, quando Luís Delgado, oráculo do
PSD na comunicação social, se referia a Ferreira Leite, como a provável
1ª ministra; e mais próximamente falei do insucesso da estratégia da
esquerda nas eleições presidenciais, o que, apesar de todas as
evidências e consequências actuais, deve, pelos que se alimentam da dor e
do sangue dos portugueses, ser negado, mas é um facto indesmentível.
Por
muitos erros sucessivos estamos à beira de um Inferno Dantesco, ou
mesmo, já estamos no Inferno. Com ou sem bancarrota, os encargos que o
nosso endividamento já acarreta com os juros que estamos a pagar é de
tal monta que durante muitos anos vamos somente trabalhar para pagá-los,
mas muito disto parece passar ao lado de muitos, muitos, portugueses, e
outros confiam que a sua resistência heróica será no momento fatal a
salvação, infelizmente, não o foi assim no 28 de Maio de 1926, nem no 25
de Novembro 1975, portanto, talvez seja melhor prevenir e evitar o
desastre, antes que o mesmo apareça com a virulência que ameaça, e que
pode esmagar milhões de portugueses.
Mas então o que fazer?
Neste
momento a totalidade dos cidadãos NÃO PODE ACEITAR QUE O SR. PRESIDENTE
A REPÚBLICA DEPOIS DE TER DEMITIDO O GOVERNO DEIXE NAS MÃOS DE UM
GOVERNO DE GESTÃO A DECISÃO DE PEDIR OU NÃO A INTERVENÇÃO DO FUNDO
MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI). PELO CONTRÁRIO COMPETE AO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA NESTA OCASIÃO AGIR: DIZENDO COM OS CONHECIMENTOS QUE TEM DA
SITUAÇÃO SE PODEMOS CONTINUAR NESTA ROTA, OU MESMO SE TEMOS DE PEDIR
AUXÍLIO INERNACIOANAL.
EMBORA
NÃO VOTADO POR UMA MAIORIA SIGNIFICATIVA DOS CIDADÃOS PORTUGUESES, O
QUE, OBVIAMENTE, LIMITA A SUA LEGITIMIDADE É O ÓRGÃO QUE REÚNE MAIS
CONSENSO E TAMBÉM TEM DE SER O ÓRGÃO QUE PELA SUA NATUREZA UNIPESSOAL E
DE REPRESENTAÇÃO NACIONAL TEM DE SE COMPROMETER CLARA E DECISIVAMENTE
COM A GRAVE DECISÃO DO GOVERNO DE PEDIR OU NÃO A INTERVENÇÃO DO FMI. E
NÓS TODOS TEMOS DE EXIGIR ESTA CLARIFICAÇÃO. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
NÃO PODE REFUGIAR-SE NA ATITUDE DE TACTISMO DO SEU 1º MANDATO.
Contudo,
para além desta questão crucial fica outra também maior que é da
governação do país para os próximos 10, 15 anos e, nesta área ou há uma
atitude mais activa, mesmo revolucionária dos militantes dentro dos
partidos, onde, seria muito importante fazer o 25 de Abril, ou vai
manter-se o status quo até o desastre final, ou seja, a um governo
sucede-se outro da mesma natureza, a mais das vezes mais conservador.
Porém,
a falta da alternativa não é da responsabilidade do povo que
sucessivamente tem dito como vota e não vai mudar, se nada mudar no
comportamento politico dos partidos, nomeadamente dos à esquerda do PS
que manterão com poucas oscilações os seus scores.
O
ganho de mais umas dezenas de milhares de votos pode constituir uma
bandeira partidária, mas não é uma consequência política significativa,
muito embora, os dirigentes políticos sobrevlorizem esses modestos
crescimentos eleitorais, para manterem a sua própria áurea, o seu poder,
e darem também o devido ânimo aos seus militantes - esta é uma análise
sociológica e psicológica, logo não ilude, mas descobre a realidade -.
seja como for, a dura realidade do quotidiano não ilude a verdade, e a
verdade é o que é, e, como tal, o melhor critério de avaliação do sucesso/insucesso de estratégias e tácticas.
Consequentemente,
perante esta realidade cabe aos que são humanistas sociais-democratas,
socialistas, comunistas e de outras esquerdas, ou centro esquerdas com
ou sem partido, mas concidadãos, juntarem-se no sentido de que todos
trabalhem com muita urgência para criarem uma dinâmica de intervenção
politica eleitoral eficaz para defesa da Dignidade, da Democracia e o
Desenvolvimento ao nível legislativo e executivo.
Se
isto não for feito cada um manterá os seus territórios tradicionais,
mas perante a reunificação de toda a direita, incluindo a neo-liberal do
PS, restará a milhões de portugueses o caminho das pedras, onde, se
sangra, e a outros o da humilhação e da escravização sem retorno, até à
revolta dos escravos com resultados não muito previsíveis.
Os
dados estão lançados, mas, como é hábito quase todos caminharão segundo
o mapa dos seus chips e outros nem se mexerão, e este jogo de roleta
russa vai manter-se, mas o tiro da lotaria da morte, mais tarde ou mais
cedo cairá sobre o ZÉ.
Coisas
que o condicionamento Pavloviano, a dependência consumista, a prisão,
de sempre, do pensamento critico e livre, a cobardia, o medo, a
hipocrisia e o cinismo explicam. Numa palavra sem cidadãos Livres não há
cidadania, nem Futuro, só ESCRAVATURA. O Mundo de hoje e o de amanhã
não é estático, parado no ontem. Houve um Abril em Portugal, há a rua
árabe e haverá mais contra muitas outras ditaduras esquizofrénicas e
todas corruptas.
COISAS... COISAS...
PORTUGUESES....
andrade da silva
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