ESTAMOS A FALAR DO PRESENTE!!!!
DO MISERABILISMO DA
ARGUMENTAÇÃO FASCISTA
para que tudo fique claro, sou filha de eis preso politico torturado pela PIDE
sobrinha de Alfredo Dinis (Alex) membro do Comité Central do PCP e assassinado pela PIDE
e neta de um homem preso 24 vezes pela famigerada e criminosa polícia politica portuguesa (a soldo de governantes criminosos) uma das quais no Tarrafal
pelo que estou de menina mais que vacinada contra provocações!
nada feito! deixam-me totalmente indiferente!
ACUSO
Cavalo de vento
Meu dia perdido
O meu pensamento
Anda a soluçar
Por dentro do tempo
De cada gemido
Com olhos esquecidos
Do riso a cantar
Quem foi que levou
A ânfora antiga
Onde minha sede
Fui desalterar
Sementeira de astros
Que o olhar abriga
Por fora dos versos
Que hei-de procurar
Quem foi que em murmúrio
Na fonte gelava
Essa folha branca
Aonde pensar
Quem foi que a perdeu
Levando o futuro
Por onde o meu barco
não quer navegar
Quem foi que manchou
a página clara
Com água das sedes
Que eu hei-de contar
Quando o sol doirava
As velhas paredes
Da mansão perdida
De risos sem par
Quem foi que levou
Os astros azuis
Do meu tempo lindo
Meu tempo a vogar
Por mares de estrelas
Vermelhas abrindo
Quando minhas mãos
Querem soluçar
Não mais sei quem foi
só sei que foi quando
a noite vestiu o dia que era
E todos os sonhos
Partiram em bando
Fugindo de mim e da primavera
Mas há na memória
Da minha retina
A voz que se nega
A silenciar
Com dedo infantil
Erguendo a menina
Diante do réu
Em tempo e lugar!!!
Marília Gonçalves
DO MISERABILISMO DA
ARGUMENTAÇÃO FASCISTA
para que tudo fique claro, sou filha de eis preso politico torturado pela PIDE
sobrinha de Alfredo Dinis (Alex) membro do Comité Central do PCP e assassinado pela PIDE
e neta de um homem preso 24 vezes pela famigerada e criminosa polícia politica portuguesa (a soldo de governantes criminosos) uma das quais no Tarrafal
pelo que estou de menina mais que vacinada contra provocações!
nada feito! deixam-me totalmente indiferente!
ACUSO
Cavalo de vento
Meu dia perdido
O meu pensamento
Anda a soluçar
Por dentro do tempo
De cada gemido
Com olhos esquecidos
Do riso a cantar
Quem foi que levou
A ânfora antiga
Onde minha sede
Fui desalterar
Sementeira de astros
Que o olhar abriga
Por fora dos versos
Que hei-de procurar
Quem foi que em murmúrio
Na fonte gelava
Essa folha branca
Aonde pensar
Quem foi que a perdeu
Levando o futuro
Por onde o meu barco
não quer navegar
Quem foi que manchou
a página clara
Com água das sedes
Que eu hei-de contar
Quando o sol doirava
As velhas paredes
Da mansão perdida
De risos sem par
Quem foi que levou
Os astros azuis
Do meu tempo lindo
Meu tempo a vogar
Por mares de estrelas
Vermelhas abrindo
Quando minhas mãos
Querem soluçar
Não mais sei quem foi
só sei que foi quando
a noite vestiu o dia que era
E todos os sonhos
Partiram em bando
Fugindo de mim e da primavera
Mas há na memória
Da minha retina
A voz que se nega
A silenciar
Com dedo infantil
Erguendo a menina
Diante do réu
Em tempo e lugar!!!
Marília Gonçalves
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