Exercício físico na adolescência
pode reduzir efeito do gene da obesidade
Jonatan Ruiz é investigador do Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia) |
“Cada cópia da mutação deste gene está associada a um aumento de 1,5 quilos, o que significa que pessoas que tenham duas cópias podem pesar mais três quilos do que aquelas que não têm nenhuma”, explica Jonatan Ruiz, líder do estudo.
Segundo este especialista, embora a mutação genética esteja vinculada a um maior índice de massa corporal (IMC), gordura e circunferência da cintura, o seu efeito praticamente desaparece entre os adolescentes que realizam a quantidade de actividade física recomendada por dia, o que pode ser um bom indicador para contrariar a predisposição genética de muitas pessoas para se tornarem obesas ou terem excesso de peso.
O investigador salienta também que este estudo pode alterar “a crença generalizada e o medo de que a genética determina o risco de se desenvolverem doenças que não podem ser prevenidas”, visto que este trabalho demonstra que a modificação do estilo de vida pode anular o efeito negativo de algumas mutações genéticas para a saúde.
"Para os jovens, uma hora de desporto por dia é suficiente para reduzir o risco potencial desta mutação genética", acrescenta Jonatan Ruiz, que alerta também para o facto de quase 60 por cento dos adolescentes europeus não cumprirem estas recomendações.
47% dos adolescentes europeus analisados tinham uma cópia do gene FTO, enquanto 16% tinham duas |
De acordo com os resultados publicados, na Europa, 37 por cento dos adolescentes avaliados não têm nenhuma cópia da mutação, 47 por cento tinham uma cópia e 16 por cento tinham duas.
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