A pátria é nos lugares onde a alma está acorrentada.
Voltaire
Caro(a)s amigo(a)s
Venho por este meio reportar uma situação que penso pertinente de ser
tornada pública.
Eu, Raquel Mendes, sou psicóloga e faço parte duma Associação de apoio
social, sem fins lucrativos, na Lourinhã (Associação de apoio psicológico e
psicopedagógico *Novos Sábios)*.
A titulo voluntário e gratuito, há já 3 anos consecutivos que disponibilizo
os meus serviços de psicóloga (4 horas semanais) à Escola Básica EB2,3
Dr. João das Regras, na Lourinhã, escola sede do Agrupamento de
Escolas *D. Lourenço Vicente*, naquele município.
A escola sempre teve conhecimento do meu desejo de, se e quando
houvesse disponibilidade de verba para tal, ser remunerada pelo meu
trabalho, aspiração que penso ser legítima - e muitas vezes fizeram
crer que tal aconteceria, se houvesse condições. No entanto a actual
direcção diz desconhecer tal facto.
No dia 24 de Fevereiro fui informada de que a Escola (como sede do
Agrupamento) tinha contratado os serviços de um psicólogo (serviços
remunerados - 12 horas semanais), utilizando verbas de que o
Agrupamento dispõe para Assessoria.
Segundo informação do psicólogo contratado, este foi convidado pelo
Presidente do Agrupamento (Dr. Pedro Damião) para apoiar o Agrupamento
no qual a Escola se insere, devido à falta de técnicos nesta área.
Aparentemente, este facto nada de novo traz, apenas a confirmação de
que quem tem amigos tem tudo. No entanto , dado que eu estou lá - sem
qualquer remuneração - parecia mais lógico fazerem-me a proposta a
mim, dado que sempre elogiaram o meu trabalho.
Reforçando a ideia, se há assim tanta necessidade de técnicos, e verba
para os contratar, seria natural, penso, que tivessem falado comigo,
de forma a negociarmos um possível aumento do meu horário na Escola, e
o alargamento subsequente do meu apoio às restantes escolas do
Agrupamento.
Quando confrontei um elemento da direcção executiva sobre esta
situação a resposta foi - "nós não sabiamos que a Dra estava
interessada" (bizarro!)
Será que tenho que fazer como o Mário Crespo e andar por aí com uma
T-shirt dizendo "Também quero ser remunerada"?
Será que os meus serviços só servem porque são gratuitos?
O que mais me intriga é o facto de o psicólogo contratado pelo
Agrupamento (Dr. Miguel Jorge Carvalho) ser filho da *Dr.ª Ana Jorge
(Ministra da Saúde)
*. Tratar-se-á de mais uma instância dos "jobs for the boys"?
Obrigada pela vossa atenção
Raquel Mendes
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Voltaire
Caro(a)s amigo(a)s
Venho por este meio reportar uma situação que penso pertinente de ser
tornada pública.
Eu, Raquel Mendes, sou psicóloga e faço parte duma Associação de apoio
social, sem fins lucrativos, na Lourinhã (Associação de apoio psicológico e
psicopedagógico *Novos Sábios)*.
A titulo voluntário e gratuito, há já 3 anos consecutivos que disponibilizo
os meus serviços de psicóloga (4 horas semanais) à Escola Básica EB2,3
Dr. João das Regras, na Lourinhã, escola sede do Agrupamento de
Escolas *D. Lourenço Vicente*, naquele município.
A escola sempre teve conhecimento do meu desejo de, se e quando
houvesse disponibilidade de verba para tal, ser remunerada pelo meu
trabalho, aspiração que penso ser legítima - e muitas vezes fizeram
crer que tal aconteceria, se houvesse condições. No entanto a actual
direcção diz desconhecer tal facto.
No dia 24 de Fevereiro fui informada de que a Escola (como sede do
Agrupamento) tinha contratado os serviços de um psicólogo (serviços
remunerados - 12 horas semanais), utilizando verbas de que o
Agrupamento dispõe para Assessoria.
Segundo informação do psicólogo contratado, este foi convidado pelo
Presidente do Agrupamento (Dr. Pedro Damião) para apoiar o Agrupamento
no qual a Escola se insere, devido à falta de técnicos nesta área.
Aparentemente, este facto nada de novo traz, apenas a confirmação de
que quem tem amigos tem tudo. No entanto , dado que eu estou lá - sem
qualquer remuneração - parecia mais lógico fazerem-me a proposta a
mim, dado que sempre elogiaram o meu trabalho.
Reforçando a ideia, se há assim tanta necessidade de técnicos, e verba
para os contratar, seria natural, penso, que tivessem falado comigo,
de forma a negociarmos um possível aumento do meu horário na Escola, e
o alargamento subsequente do meu apoio às restantes escolas do
Agrupamento.
Quando confrontei um elemento da direcção executiva sobre esta
situação a resposta foi - "nós não sabiamos que a Dra estava
interessada" (bizarro!)
Será que tenho que fazer como o Mário Crespo e andar por aí com uma
T-shirt dizendo "Também quero ser remunerada"?
Será que os meus serviços só servem porque são gratuitos?
O que mais me intriga é o facto de o psicólogo contratado pelo
Agrupamento (Dr. Miguel Jorge Carvalho) ser filho da *Dr.ª Ana Jorge
(Ministra da Saúde)
*. Tratar-se-á de mais uma instância dos "jobs for the boys"?
Obrigada pela vossa atenção
Raquel Mendes
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