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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

ausência

 

Soam trovões

chuva agreste

nova janela habitada

onde agora a vida vai

indicio d’àgua na estrada.

Estrondeiam. Oiço-os apenas...

algo me afasta daqui

fulminada pela ideia 

do perfume que aprendi.

Rebelo-me !

Trilhos fecundos 

fazem flores nascer na mão 

na intempérie de mundos

onde falta coração.

No assédio da audácia

versos irrompem do chão

minha rubra flor de acácia

aberta à opinião!

Inclemência ignorada

sentidos inusitados

entre relativa ausência

choros e risos e brados!

 

 

  Marilia  Gonçalves










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