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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Iemanjá

 

Iemanjá

 




Amanheceram trovões. Bátegas breves despertavam o dia. No quarto do

. silencio, nova morada de poeta, surgia em alvoroço o espirito das águas

Abriam-se ao longe horizontes insuspeitos.

O poeta, de pé escutava quente murmurar do tempo, tornado próximo no espaço.

Nenhum gesto era inútil, inoportuno. De súbito o inicio do universo era claro exposto à temática dos séculos.

Na manhã surgia agora a explicação impenetrável de tudo.

Cada aceno da vegetação trazia o símbolo vital. Minerais raros tomavam a energia da claridade formal.

A espera reconsiderada era a certeza presente. Atravessados os reveses, como oceanos antigos. A vida era excedida por ela própria. A luz rompia a janela.A vidraça irisava-se.Pairavam nos olhos de mulher poeta a fundura dos lagos.

Invadia-a demanda dos dedos dele!

A sombra se a havia era fruto do sol.

Mito ou realidade? Hipocrene esvaia-se em águas de poesia. O imaginário erguido às fronteiras do real.

 

Artífice do dia, eras continuador extremoso, presente. Há tanto em mutua procura.Tanto caminho percorrido

 

, para no acaso fortuito virem despertar-se um ao outro nas próprias mãos.




             µ

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