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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Poema

 

Poema
 
Impresso
Quando a febre
Me deixava
Na vida que me prendia
A manhã clareava
Música acontecia.
Era uma forma um indício
Uma flor a amadurar
Uma asa, um precipício
Corpo morno a rebolar
Minha saia entreaberta
Poente d’entontecer
Palavra na descoberta
Em rubro fogo a arder.
 
Marília Gonçalves
 

 

voz jovem cantava


 

às Guitarras que se ouvem na familia
Ao Pedro Leote Mendes e à Sandra Mendes

M.G.

Uma guitarra soava
na verde noite soou
enquanto a voz que entoava
entre a noite amadurou.

Uma voz jovem cantava
no azul do tempo cantou
mas uma voz despertava
na guitarra que soou.

A voz azul entoava
verde guitarra soou
a noite bela bailava
na mão que dela voou.

Guitarra que se desfaz
o tom do mar aproxima
a nova canção traz
entre a música e a rima.

Uma guitarra soava
na verde noite soou
o quente som que entoava
pela noite amadurou.

Marilia Gonçalves