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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Poema

 

Poema
 
Impresso
Quando a febre
Me deixava
Na vida que me prendia
A manhã clareava
Música acontecia.
Era uma forma um indício
Uma flor a amadurar
Uma asa, um precipício
Corpo morno a rebolar
Minha saia entreaberta
Poente d’entontecer
Palavra na descoberta
Em rubro fogo a arder.
 
Marília Gonçalves
 

 

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