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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

85e anniversaire de l'exécution des 13 ROSES.

 

Aujourd'hui marque le 85e anniversaire de l'exécution des 13 ROSES.
Que leurs noms ne soient jamais effacés de l'histoire.

 

            



 

                  José Francisco

 

                          AQUI 

 

                     



 

 

 

ternura e pao

 ternura e pao


António Zambujo & Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento - trago alentejo na voz (letra)

  António Zambujo & Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento 


- trago alentejo na voz (letra)

 Peut être une image de animal et texte

ternura

 

é a ternura

que de baixinho

vem, e murmura

ou o caminho

a desbravar

a desventura?


é a ternura

este som leve

inesperado

instante breve

que por mim passa 

predestinado?


é a ternura!

vinda de longe

desde a infância

que ao dia de hoje

vem dar sentido

luz e fragrância.


Era a ternura

estava escrita

dentro de mim.


Na noite escura

sê o meu sol até ao fim.



 


Salto fronteiras de medo

 

Salto fronteiras de medo

vou à procura de mim.

Amanhece é ainda cedo

por entre o arvoredo

há uma história sem fim.


às mais altas serranias

ao oceano profundo

dei a força dos meus dias

mas nunca, nunca vencias

o que em mim trago do mundo.


Percorri grandes cidades

mesmo a mais pequena aldeia

no lodo colhi saudades

encontrei meias verdades

num charco da lua cheia.


Mas esta poldra bravia

que eu sou, quando quero ser

à leve aragem tremia

quando findava o dia

escondia-se para não ser.


Entre ramagens perdida

eu era também paisagem

na procura repetida

de quem tem fome da vida

e vê findar a viagem.

 

 


 


Implume Voo

 

Implume Voo              (ao meu primeiro filho)


oiço baixinho

chorar

uma ave de cristal

como menino ao perder

a protecção maternal.


Oiço e vejo

breve aroma

em movimento fugaz

o amor à vida torna

na inconstância da paz.


Na memória se agudiza

tempo que o tempo levou

mas a dor, essa eterniza

a mãe que nunca chorou.


Sobre níveo terno berço

vêm minhas mãos poisar

ai, meu filho, se adormeço

despertas no meu olhar!




 

lava marinha

 

Fluis nos meus olhos marinhos

na fundura elementar

oceânicos caminhos

aonde navega o olhar.


Fluis e transformas em água

segredo de não te ter

meu amor a minha mágoa

dá-te os olhos a beber.


Transformo seiva incolor

na laguna que me habita

do sangue do teu amor

vai nascendo a minha escrita.


Cada verso cada frase

têm profundo sentido

o verso lâmina quase 

lacera o tempo perdido.



Teus olhos lava marinha

afundaram-se nos meus

os olhos que dantes tinha

meu amor, hoje são teus.




 


 

TON SOUPIR SUR MON NOM

 TON SOUPIR SUR MON NOM


Menina do tempo antigo

 

 Menina do tempo antigo

 

Menina do tempo antigo
Que não voltas nunca mais
Queimaram teu terno abrigo
Que era a casa de teus pais.
Quando se vias o perigo
Mais trinavam os teus ais.

Menina do olhar doce
De mãos feitas de ternura
A vida a escoar te trouxe
A escrita contra a agrura.

Tiveste sorte menina
Porque a dor que te impuseram
Soubeste a quem a devias
Assim seguiste vogando
Por versos onde despias
Lágrimas sede espraiando
A história que te escrevia.

Andas longe de teu cais
Teu barco por inventar
Vai escorrendo poesia
Na maresia do mar.

Assim mais bela que ódio
Foi a estrada da justiça
Onde prosseguia em bando
A tua voz insubmissa.
És tu que em ti te levantas
Tu que escreves Poesia
E que na tua dor cantas
O dealbar doutro dia.



 

O Vento