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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Implume Voo

 

Implume Voo              (ao meu primeiro filho)


oiço baixinho

chorar

uma ave de cristal

como menino ao perder

a protecção maternal.


Oiço e vejo

breve aroma

em movimento fugaz

o amor à vida torna

na inconstância da paz.


Na memória se agudiza

tempo que o tempo levou

mas a dor, essa eterniza

a mãe que nunca chorou.


Sobre níveo terno berço

vêm minhas mãos poisar

ai, meu filho, se adormeço

despertas no meu olhar!




 

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