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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

é dia de poema

 é dia de poema


é dia de poema

 

meu amigo


é dia de poema e de cantar


o coração ao abrigo


da intempérie de amar.




é dia, amanheceu


na noite quando


o instante despertou


nas vozes cegas cantando


dentro daquela que sou




é dia e renascem as searas


do pão amadurado no poema


colheita de palavras


a tilintar nas luzes do fonema.




é dia meu amigo


a voz é clara


quando diz o que sente


o poema antigo na voz rara


que surge de repente.




Marília Gonçalves

 

 


 

Serafim em Mora

                           AQUI


    Serafim em Mora


Serafim em Mora

O Nosso Hino Nacional Cantado na Índia

 






O Nosso Hino Nacional  Cantado na Índia

Em 1950 o Primeiro-Ministro indiano Jawaharlal Nehru 

propõe negociar com Salazar a retirada de Portugal

 dos territórios portugueses de Goa, Damão e Diu. 

O Primeiro-Ministro português recusou 

ao abrigo da “Aliança Britânica” e estes alegaram 

que a “Aliança” tinha limites e que a Índia

 era membro da Commonwealth. 

A 17 de dezembro de 1961 

a União Indiana invadiu Goa, Damão e Diu.

Salazar ordenou ao Governador Vassalo e Silva 

“que combatesse até à morte do último homem”, 

e que os militares tinham de obedecer, inclusive 

seriam julgados e condenados por “traição” se o não fizessem.

Em dezembro de 1961, com a invasão dos territórios 

do EPI pela União Indiana e a ausência 

de meios de defesa, Vassallo e Silva f

oi forçado à rendição incondicional, 

desobedecendo aos poderes da época, 

mas salvando a vida aos militares de que dispunha. 

Após um período como prisioneiro das

 autoridades indianas, regressou a Lisboa onde foi demitido.

Foi reintegrado nas Forças Armadas após o 25 de Abril de 1974.

Era irmão da escritora Maria Lamas.


colaboração do nosso companheiro Mário Vitorino e  Raquel Filipa



Angústia

 


 

  Angústia


Aonde te dói a vida

Quando traz recordação

Desse instante que perdido

Ainda traz ao teu ouvido

A estridência do que foi.

Que mágoa é essa escondida

Que ainda perfuma a vida

Como gesto que sem mão

 Se acena uma despedida

É por insinuação.


Marília Gonçalves