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sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

é dia de poema

 é dia de poema


é dia de poema

 

meu amigo


é dia de poema e de cantar


o coração ao abrigo


da intempérie de amar.




é dia, amanheceu


na noite quando


o instante despertou


nas vozes cegas cantando


dentro daquela que sou




é dia e renascem as searas


do pão amadurado no poema


colheita de palavras


a tilintar nas luzes do fonema.




é dia meu amigo


a voz é clara


quando diz o que sente


o poema antigo na voz rara


que surge de repente.




Marília Gonçalves

 

 


 

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