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sábado, 6 de janeiro de 2024

2024 E O TRIUNFO DA MAIORIA GLOBAL

 AQUI 



2024 E O TRIUNFO DA MAIORIA GLOBAL
2024 E O TRIUNFO DA MAIORIA GLOBAL
O MUNDO NUMA SEMANA ep.1.2024, na MultipolarTv.
Sábado – 23H (CET)
Neste primeiro directo do ano teremos o ano de 2024 todo pela frente, como objecto de análise. Neste ano, importantes decisões e tendências determinarão a confirmação e consolidação de uma vitória que parece cada vez mais inequívoca: a vitória da maioria global. 85% da humanidade luta, hoje, por se libertar definitivamente do jugo colonialista, neocolonialista, imperialista e hegemónico (cada um no seu tempo), imposto pelo ocidente, e especial pelos países anglo-saxónicos, e que persiste há mais de 500 anos.
Desta libertação dependerá a libertação de toda a humanidade, pelo menos, destas formas de opressão que negam o direito de cada povo à sua soberania, e com ela, à sua liberdade.
Não é só nos países da maioria global (nome que usamos para designar o que outros apelidam de “sul global”), cada vez mais ancorada no fenómeno BRICS+, que os povos, os trabalhadores e as suas famílias se encontram num período decisivo do seu processo de libertação. É no próprio ocidente, no jardim do Sr. Borrel, que hoje encontramos, porventura, a mais prenhe e decisiva das fases históricas: Na Europa decide-se, hoje, em 2024, se continua o caminho para o descalabro ou para a salvação.
Abordando as questões geopolíticas e politicas que são suscitadas por este enquadramento, aproveitaremos, como já é hábito para proceder à:
1. Eleição de cromo da semana
2. Cartoon da semana
Na sua companhia estará, como sempre, a equipa da MultipolarTv: Francisco Balsinha, ex-colaborador do MJT – Movimento da Juventude Trabalhadora (até ao 25 de Abril de 1974), Jornalista e Hugo Dionísio, Advogado, dirigente da Associação Portuguesa de Juristas Democratas (APJD), bloguer (canal-factual; estátua de sal; resistir.info; o X da Questão; o Kotaboelo…), colunista do site Strategic-Culture Foundation e activista pelos direitos humanos, sociais e do trabalho.
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detrás do nunca dito

 

Além por detrás do nunca dito

Fluem estrelas no olhar

Dessas que chegam fulgindo

Filhas das águas do mar

Trazem no ventre fecundo

Lágrimas do tempo que foi

Mas de tanto olhar em frente

Apenas veem o espaço

Que traz o tempo esgarçado

Desse dia que em desuso

Se afasta de tão cansado.

 

Marilia Gonçalves


 

 

Quand le vent tournoyait

 

Que de temps est passé

Sur  la pâleur des vagues

Quand le vent tournoyait

Effaçait sur le sable

Des baisers à l’ardeur

D’un miroir sans revers

Où l’eau étincelante

Griffonne chaque vers.

 

Le temps passe pourtant

Mais le trouble   se fige

 Toujours se réduisant

Se refusant encore

Il burine le jour

 Et tel un météore

S’enfuit, luisant et beau

Ensemençant le bleu

 D’étoiles en pléiade.

Face au regard ébloui

 Qui poursuit la cascade.

 

Marilia Gonçalves

 


 

 

Teresa Veludo

 

A inominável memória de um amor 

 
 
A inominável memória de um amor
que eclodiu do alto da cidade velha
quando as ruas eram povoadas de sonhos
escondidos nos olhares sôfregos de azul
e desceu de mãos dadas e beijos
espreguiçando-se nas margens do rio
que lânguido passeava entre choupos.
Um amor de livros partilhados nas sombras,
da noite onde apenas as estrelas brilhavam,
de utopia escrita nas horas permanentes,
das paredes onde se escrevia a revolta,
dos abraços como se fossem despedidas.
A inominável memória de um amor
adiado, sempre adiado nos dias clandestinos,
uma paixão que ficava na mudez das palavras,
escondida por trás de um stencil perfurado
de uma luta maior onde amar era interdito
e todavia amei-te em segredo todos os dias.
Era a cidade inteira numa praça aberta,
numas escadas que à pressa se desciam,
era uma menina feita mulher no teu corpo,
era um vestido de chita anunciando cravos,
uns olhos azuis onde navegavam os sonhos.
A inominável memória de um amor,
incompleto na saudade que se perdeu,
na solidão que foi travessia do deserto,
na lonjura translúcida do tempo ido,
restando esta mágoa que ainda dói,
este desejo vazio de impossível regresso.
 
Teresa Veludo 
 
O Meu Rio sem Margens
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