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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

A floresta adormece no silencio

 

A floresta adormece no silencio

aparente brandura persuade

inefável paz do bosque imenso

desfaz-se em luz diáfana da tarde.


Só a ave da noite o rouxinol

eleva trino mavioso,  belo,

como se em sua voz poisasse o sol

no instante preciso de perdê-lo.


A água na distancia rumoreja

uma gazela passa de mansinho

no interior do mato uma asa adeja

um veado brame no caminho.


A noite semeou por todo o céu

constelações de luz e poesia

o meu corpo trémulo no teu

é ainda natureza fugidia.

     Marilia  Gonçalves

 

 




 

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