Páginas

Páginas

Páginas

Páginas

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

talvez

 

Quietude de sons. Longínquo tic-tac murmura tempo, a sua duração. 

Tempo medida na continuidade das estações. 

Dissiparam-se apenas há instantes sombras nocturnas e voaram.

Na clareira onde mora o dia movem-se seres alados. 

Desvanece-se a gruta para onde sol poente se retira. 

A  claridade é a memória da luz distanciada. 

A memória germina toma forma de horas de silêncio. Floresce. 

Alvorece a facetada luz do novo dia. Cânticos tingem

o ar. Tons azuis elevam a luz à água transparente. 

Diamantário estranho, esse, que talha as faces da manhã. 

O belo a elevar-se na voz de pássaros. 

Árvores sacodem a fronte no pensamento das folhas.

 O vento é brando, leve. ondulação na 

seara do dia. Colheita será  pão na mo do racional. 

As velas do moinho estão abertas em olhos de poeta.

 Giram na compreensão do lume da ideia.

 

  hora matinal a desconhecer a outra. a que destrói.



talvez a dor que me dói

não seja a mesma que foi

seja asa, não prisão

seja voo seja mão

seja canto, liberdade

seja amor, seja pão

e seja fraternidade.


                 



Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário espera moderação