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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

a história começava.

 

Era uma vez história que estava por nascer. Naquela tarde quando horas de calor

 se distanciavam veio espreitar pelo aparo da caneta que a encerrava. 

Gostou do que viu. O quarto em tons creme, amarelo claro, mel envolto

 em ténue véu de luz entardecida. 

Tinha chegado o momento de nascer. Juntou as forças num grito de tinta

 esperou a mão que viria concretizá-la.

A ideia de que pouco lhe faltava para sua aventura vital, excitava-a. 

Alegria nova circulava-lhe no interior. 

Nisto a porta do quarto bateu. Aproveitou para espreitar de novo e melhor.

 duas pessoas tinham entrado.

    Qual delas será a que vai ficar ligada a mim, num laço do meu sangue, soltando-me?

Mas ela não percebera que nascera no momento em que tinha apercebido o exterior. 

Quando se sentisse viria a compreender que ao exteriorizar seu interior a história começava.

 

 

 

 


 

 

a minha caneta (prenda do Castro)

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