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domingo, 11 de agosto de 2024

Lambendo o dorso do delfim de trapo

 

Lambendo o dorso do delfim de trapo




a irisada espuma se transforma




nas verdes águas que num gesto largo




espelham as águas que em sombra se afundam.








A beleza é efémera. Não se guarda




senão no cofre da memória aberta   




ardentia de luz que se desata




na distância dos olhos do poeta.








múrmuros mares, ondulante pele




o vento tange dedos invisíveis




assobia no ar níveo corcel.








Adormecem em nós, múltiplos sonhos,




vai-se esvaíndo leve, a esperança antiga




no desmaio longínquo das estrelas.








Marília Gonçalces




















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