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domingo, 31 de dezembro de 2023

à porta da primavera

 

Água desce da montanha

vem alagar a campina

na minha sede tamanha

meu coração de menina.

Fugiu o rio que era meu

esqueci o rumo do mar

água breve que perdeu

a vontade de cantar.

 

Era uma vez... uma estória

a estória de era uma vez...

escorre pranto na memória

dia-a-dia, mês a mês.

A água esqueceu a margem

em que sonho se estendia...

apenas segue viagem

por ser água e fugidia...

 

Quem lembra o que a água foi

ou se lembra do que era

na transparência que dói

à porta da primavera.

 

A montanha que se estende

desde o cimo à planície

ouve mas não compreende

longe, água sangue a esvair-se.

 

Marília Gonçalves  

 


 

pintam a Primavera

 a Primavera

Cantata verde

água outro dia

leve nuvem poesia

desenha-se no sonho.


Na sede do pomar

antiga água.


Vozes de Verão

pintam a Primavera

limite de cigarra

de outra era.

 

 

 


 

 


ontem

 

Hoje negou-se o caminho

porta não é o que

Hoje negou-se o caminho

porta não é o que ontem foi

a luz a rebelde eterna

invade-a segue viagem.


Até pra ser claridade 

é preciso ter coragem.


A luz a rebelde eterna

invade-a segue viagem.


Até pra ser claridade 

é preciso ter coragem.

 

 

 

 

instante breve

 

Silêncio, voz, claridade

descobre o instante breve

tinir da mágoas ocultas

água no espelho dos dias.

 

azuis

 


Atrás do labirinto

há luz de folhas azuis

no esconderijo do dia

falésias gritam a água

na noite a adormecer.


Uma semente de sonho

vai invadindo o castelo

invisível que há em nós.

 

 


 

Desenho

 

Desenho a ideia na palavra

desenho a palavra no papel

luz e sombra que desbrava

o ritmo da pele.

 

 

 

 


 

Les Misérables, adaptation du roman de Victor Hugo | Film complet en français

 

Les Misérables

adaptation du roman

 de Victor HugoLES MISERABLES

 | Film complet en français

De LOUIS ARAGON Heureux celui qui meurt d'aimer

 De LOUIS ARAGON

Heureux celui qui meurt d'aimer
O mon jardin d'eau fraîche et d'ombre
Ma danse d'être mon coeur sombre
Mon ciel des étoiles sans nombre
Ma barque au loin douce à ramer
Heureux celui qui devient sourd
Au chant s'il n'est de son amour
Aveugle au jour d'après son jour
Ses yeux sur toi seule fermés
Heureux celui qui meurt d'aimer
Heureux celui qui meurt d'aimer
D'aimer si fort ses lèvres closes
Qu'il n'ait besoin de nulle chose
Hormis le souvenir des roses
A jamais de toi parfumées
Celui qui meurt même à douleur
A qui sans toi le monde est leurre
Et n'en retient que tes couleurs
Il lui suffit qu'il t'ait nommée
Heureux celui qui meurt d'aimer
Heureux celui qui meurt d'aimer
Mon enfant dit-il ma chère âme
Le temps de te connaître ô femme
L'éternité n'est qu'une pâme
Au feu dont je suis consumé
Il a dit ô femme et qu'il taise
Le nom qui ressemble à la braise
A la bouche rouge à la fraise
A jamais dans ses dents formée
Heureux celui qui meurt d'aimer
Heureux celui qui meurt d'aimer
Il a dit ô femme et s'achève
Ainsi la vie, ainsi le rêve
Et soit sur la place de grève
Ou dans le lit accoutumé
Jeunes amants vous dont c'est l'âge
Entre la ronde et le voyage
Fou s'épargnant qui se croit sage
Criez à qui vous veut blâmer
Heureux celui qui meurt d'aimer
Heureux celui qui meurt d'aimer


Louis Aragon est un poète, romancier et

 journaliste français, né probablement1 

le à Paris, où il est mort le .

Avec André Breton, Tristan Tzara, Paul Éluard, Philippe Soupault,

 il est l'un des animateurs du dadaïsme parisien et du surréalisme

Après sa rupture avec le surréalisme en 1931, il s'engage pleinement 

dans le Parti communiste français, auquel il avait adhéré en 1927, 

et dans la doctrine littéraire du réalisme socialiste

La défaite de 1940 marque un tournant dans sa poésie, 

et Aragon se tourne alors vers une réinterprétation 

de la tradition poétique et romanesque.

À partir de la fin des années 1950,

 Léo Ferré et Jean Ferrat mettent en musique 

ou chantent nombre de ses poèmes,

 ce qui contribue à faire connaître

 son œuvre poétique à un large public.

Avec Elsa Triolet, il a formé l'un des couples

 emblématiques de la littérature française du XXe siècle.

 Plusieurs recueils d'Aragon lui sont dédiés,

 et ses œuvres font souvent référence

 aux œuvres de sa compagne.

Louis Aragon - Photo et Tableau - Editions Limitées - Achat / Vente

 

ARAGON et sa Mère

« Même la nuit la plus sombre prendra fin et le soleil se lèvera. " Victor Hugo-

 « Même la nuit la plus sombre prendra fin et le soleil se lèvera. "
Victor Hugo-

Teresa Veludo Já não sei escrever cartas de amor

 

Já não sei escrever cartas de amor 

 
Jacques,
já não sei escrever cartas
de amor,
não sei o endereço da tua
eterna morada,
agora afago a saudade
nas memórias que guardo
trancadas,
desato nós do passado
em todos os caminhos
por onde vagueio.
Paris é tão longe e frio
as pontes do Sena
despediram-se de mim,
Montmartre ficou cinzento
e as escadas tão íngremes,
em S. Denis ruiu a nossa mansarda,
dizem-me que já não há beijos
e os jovens não passeiam
de mão dada,
os slogans são outros,
"exigir o impossível " foi apagado,
" parem o mundo, eu quero descer"
continua a ser tão verdadeiro.
Já não sei escrever cartas
de amor,
já não vendo poemas nas ruas,
já não escuto Brassens ou Brel,
por vezes não resisto e lá vem
Moustaki " avec sa gueule de métèque ",
( eras tão parecido com ele!)
e sem que o deseje uma lágrima
azul como o nosso Tejo
humedece-me os olhos claros
onde dizias navegar.
Já não sei escrever cartas
de amor,
mas escrevo sempre o teu nome.
 
Teresa Veludo 
 
O Meu Rio sem Margens
(Direitos reservados)
Chagall
 
Peut être de l’art    Peut être une illustration

 

3 Noisettes pour Cendrillon (en français) Legendas em Português

 

 

 

O mais belo fime da Gata Borralheira, que me foI dado ver, feito num País de Leste, não sei mesmo se na URSS
 
 
tem Legendas em Português
 



 

 


"Lago dos Cisnes" com Sergei Polunin / Сергей Полунин

 

"Swan Lake"

 Full Length with 

Sergei Polunin / Сергей Полунин

 


 

Balé: Lago dos Cisnes
Coreógrafo: Marius Petipa
Compositor: Pyotr Ilych Tchaikovsky
Produção: Vladimir Burmeister
Dançarinos: Sergei Polunin, 
Natalia Somova, Kristina Shapran
Notas de apresentação:
 Teatro Stanislavsky em Moscou, agosto de 2014

Nascido em Kherson, Ucrânia, em 1989, 
Sergei Polunin / Сергей Полунин
 é um bailarino russo. Famoso por seu talento 
“uma vez a cada cem anos”, ele possui uma 
elevação incrédula e uma técnica impecável.
 Desde tenra idade, ele exibiu um glorioso 
alcance dramático. Vídeos caseiros dele quando 
menino improvisando para Pavarotti são muito 
premonitórios. Aos 19 anos, ele se tornou o
 mais jovem dançarino principal da companhia
 Royal Ballet de Londres.

O balé ganhou uma nova consciência sem precedentes
 quando dançou no vídeo viral de Hozier 
“Take Me To Church”. Pessoas que nunca teriam
 prestado atenção ao balé começaram a observar
 o fenômeno tatuado. Ele é geralmente atribuído 
por trazer o balé ao homem comum moderno. Clássico, 
mas inovador, Sergei estrelou a campanha 
“Make Love Not Walls” da Diesel e deixou 
sua marca em muitas outras promoções.

Sergei é um modelo e ator muito procurado. 
Os designers de moda adoram seu físico de tirar 
o fôlego e sua beleza taciturna. Ele recebeu apenas
 críticas positivas por sua atuação.
 Suas aparições incluem a adaptação do Expresso
 do Oriente de Kenneth Branagh,
 o documentário biográfico Dancer, The White Crow e Red Sparrow.
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Anda à solta a ventania

 

Anda à solta a ventania

veio dos confins do mundo...

passa por nós assobia

na voz que nos angústia

o coração num segundo.


Quem abriu a porta ao vento

pra gritar em iras tais?

Atravessou o momento

dos sonhos imateriais.


Quando é apenas aragem

sabe-nos bem e perfuma

o indicio de viagem

com ilusão de caruma.


Mas se for brisa afinal

tem cheiro acre marinho

paisagem de vendaval

em constante torvelinho.

Penedias na palavra

 Penedias na palavra

 

Penedias na palavra

Fendem ideias no vento

Que escondem fundas, cavas

Entre memória de tempo.

 

Alicerce do compasso

Nevoeiro que surgia

A vir poisar no regaço

A abrir à luz do dia.

 

Desbrava antiga lembrança

Com o olhar interior

Que morava na criança

Que eras, quando eras amor.

 

Volta a ti, volta, renova

Tua maneira de olhar

Faz renascer uma trova

Num verbo a principiar.

 

 Marília Gonçalves