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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Silêncio

 





Abandonaste o tempo sem remorso
só eu fiquei na esperança pressentida
na flor verde do esforço
ou vida...
mas tu abandonaras o levante
o riso se o ouvi perdi-o cedo
na vaga do instante nau de medo
onde naufrago caminhante.

Esqueceste a febre de outra sede
deixaste a maré ser outro dia
quando a água te pede
nascente luzidia.

Esqueceste o momento minha voz
perdeste a tua mão no gesto em fuga
afastaste de nós
a longínqua paisagem de outra chuva
fizeste o dia morto por vontade
que não vi
no espanto olhava para ti
procurava a bondade
pressentimento, luz ou tempestade
voragem, vórtice veleiro
donde parte a saudade
como nauta primeiro.

Não reconheço os dias
adormeço
nostalgias sem preço
nem medida
acordam o torpor
em que perdida
eu olho o teu amor
fora da vida.


                                      MARILIA





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