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domingo, 24 de outubro de 2010

URGENTE


O poema que segue foi escrito em Março de 1984. Porém neste momento ele está mais actual do que nunca.

O mostrengo que está no fim do mar

Na noite de breu ergueu-se a voar.


FERNANDO PESSOA, Mensagem




O REGRESSO DO MOSTRENGO


O mostrengo não está no fim do mar.

Ocupa as ruas, bate à nossa porta,

vomita chamas na cidade morta,

escreve garatujas no luar.

Ei-lo que espreita em cada patamar

pronto a saltar-nos à garganta. Importa

lançar brados de alerta à malta absorta

que se deixou nos ventos embalar.

De pé! O monstro volta! Unir fileiras!

Deixemos as diferenças das bandeiras:

É preciso avançar em marcha unida.

A nossa força é sermos um só povo

e uma só terra a defender de novo.

A morte do mostrengo é a nossa vida!


Carlos Domingos


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