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domingo, 24 de outubro de 2010

Carta a Poetas del Mundo

EM RESPOSTA à NOTICIA DO ATAQUE
AO POETA ALEX PIMENTEL
NO NORTE DE LIMA
NO PERU




(carta enviada agora a Poetas del Mundo)

Poetas Meus Irmãos

Atacar um poeta é atingir a flor do pensamento e a força límpida da palavra!
esse monstro poderoso sempre faminto de mais poder que lhe permita controlar o pensamento dos povos, para melhor os escravizar num retorno aos servos da gleba.
Faminto sempre, o sofrimento em vez de afligir como com qualquer SER HUMANO que o seja realmente, é o seu repasto de feras nocivas que são.
Por isso Os Poetas del Mundo, são tão importantes, na luta que travam, porque lhes cabe a tarefa de incansáveis gritarem o Alerta!
Contra esse monstro de Poder e Dinheiro que pretende devorar o Mundo, apenas o despertar dos que trabalham, estudam e dos idosos pode desarmar essa fera sanguinária que está ao serviço da alta finança e do grande capital!
Por isso os poetas são perseguidos! Do mais profundo do meu sentir desejo o restabelecimento
de nosso irmão, o Poeta Alex Pimentel com a minha saudação fraterna.

Com o meu abraço fraterno a todos os nossos irmãos poetas, junto envio um poema de Carlos Domingos -Poeta del Mundo, e do Movimento pela Paz em Portugal, que como conferencista e poeta corre Portugal com a força da palavra que no tempo do fascismo o levara como Resistente e activista às prisões fascistas, onde foi submetido por mais de duas semanas à tortura do sono!
Para que o Mundo seja fraterno é preciso destruir o Monstro que nos ameaça!

Marília Gonçalves


O mostrengo que está no fim do mar

Na noite de breu ergueu-se a voar.

FERNANDO PESSOA, Mensagem





O mostrengo não está no fim do mar.

Ocupa as ruas, bate à nossa porta,

vomita chamas na cidade morta,

escreve garatujas no luar.

Ei-lo que espreita em cada patamar

pronto a saltar-nos à garganta. Importa

lançar brados de alerta à malta absorta

que se deixou nos ventos embalar.

De pé! O monstro volta! Unir fileiras!

Deixemos as diferenças das bandeiras:

É preciso avançar em marcha unida.

A nossa força é sermos um só povo

e uma só terra a defender de novo.

A morte do mostrengo é a nossa vida!



Carlos Domingos

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