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terça-feira, 24 de setembro de 2024

Invasores

 

Foi mais que o sorriso que levaram

quando ruiu o horizonte 

foi um sopro de luz

respiração de espelho

desmoronar de monte

avalanche que seguiu

despenhar de águas

era torvelinho eco de fonte

ou novo despenhar de faetonte

o sol brilhava mais que riso

e tudo ardia

mas cego meu olhar

nada maIs via.

 

 Marilia Gonçalves

 


 

a correr pelos montes

 

 ENTRE REALIDADE


Sonhei o sonho estendeu o tempo

com tom de mar

perfume de vento

vi meninos a brincar

a correr pelos montes

borboletas voando

abrindo os horizontes.


Os meninos de então

antigos bibes a voar

voavam sobre vinhas da memória

 eram pão da nossa velha história. 


Surgiu a carocha, burra preta

num passeio sem fim

e tu eras um sonho loiro

a esvoaçar dentro de mim.


Marilia Gonçalves

 


 



L'enfant qui meurt n'a pas de pays

 

L'enfant qui meurt n'a pas de pays


L'enfant qui meurt

n'a pas de pays

son pays c'est son enfance et son chemin la vie

chaque enfant qui meurt est un fleuve asséché

une terre perdue

un pont qui s'est brisé

qui venu du passé

s'écroule brusquement

au seuil de l'avenir

L’enfant qui meurt

n’a pas de pays

son pays c'était la vie.

 

 Marília Gonçalves 

 


 

 

 



VOZ