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sábado, 24 de agosto de 2024

sombra de memória antiga

 

Olhos mouros nos meus passos

sombra de memória antiga

distante como os abraços 

dessa Lisboa mendiga

do carinho passageiro

na efémera estação

que adormece a Primavera

nos perfumes do Verão.

 

 

 


 

 

 

 

 

 

Meu país é marinheiro

 

Meu país é marinheiro

virado pró mar azul

nosso canteiro sequeiro

na longa seca do sul.


Meu país é marinheiro

virado para o mar largo

mal esqueceu do cativeiro

amargo fundo letargo.


Meu país é marinheiro

virado para o mar alto

vai num bote cavaleiro

cavalgando sobressalto.


Meu país é marinheiro

a vogar no mar da fome

é ninho de aventureiro

que o vende rói e consome.


Levado na maré

vai vogando tristemente

baixa-mar sem preia-mar

com vazante e sem enchente.


Meu país é marinheiro

virado para o futuro

teu povo, teu faroleiro

acende uma luz no escuro.


Meu país é marinheiro

não volta mais ao passado

daqui para o mundo inteiro

lança fraterno o seu brado!


 

 

 

 

 




A INTELIGÊNCIA SABE POR AONDE VAMOS

 A INTELIGÊNCIA SABE POR AONDE VAMOS

 

 

SARTRE

 Seuls les actes décident de ce qu'on a [...] - Jean-Paul Sartre...

Consequência

 

Consequência


Apunhalei a noite nos meus olhos

cravei os dedos na manhã sem escolhos

escutei o tempo a cantar

os silêncios que rasguei

e parei

para escutar.