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quarta-feira, 26 de junho de 2024

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Vem!

 

Poeta meu irmão

põe-te a caminho.

há uma encruzilhada...

é preciso vir devagarinho

surpreender a estrada.

 

Poeta meu irmão

irmão de todos!

De todos os poetas

por nascer

há  à nossa volta

hirsutos lobos,

querem comer.

 

Poeta meu irmão

e companheiro

de horas amargas...

vamos rasgar no nevoeiro

estradas mais largas.

 

Poeta meu irmão

o ser humano

pede passagem

vamos num verso

a  todo o pano

dar-lhe coragem.

 

Vem!

Poeta meu irmão

está a sombra a doer!

Caminha companheiro

é chegada a hora de vencer.

 

 

 

 

 


 

 

 

 

de Eros a Vénus

 

de Eros a Vénus

 

Se até interior pele é simpatia

se vertem água frutos de outra luz

se nasce em turbilhão a luz do dia

se os céus hoje  sangue eram azuis

 

Se as  mãos acenam gestos invisíveis

os olhos tocam paisagens nunca vistas

sobre colinas de formas indisíveis

tombando em corpos na febre das conquistas

 

Se o corpo traz a marca do levante

a perfurar o âmago do dia

a desfazer a hora deslumbrante

em que o vencedor ganhando, se rendia

 

Se houver nas bocas a espuma do combate

nos braços uma garra que detém

o dia entre laços de vazante

a ir sempre mais longe, mais além

 

Não procures respostas à pergunta

de quem quer perceber até ao dia

e vê apenas a gruta que te afunda

em fúria! Em temporais! Em poesia.