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sábado, 13 de janeiro de 2024

Boas escutas!

 Luís Gonçalves
    
sábado, 13/01, 17:27 (há 2 dias)
    
para mim
Olá Mana,

A rádio pública Antena 1 tem um programa sobre música de David Ferreira (filho do poeta e professor David Mourão Ferreira) intitulado "A cantar".

Muitos dos programas são interessantíssimos. O último foi sobre Arnaldo Trindade, uma personagem do Porto, editor de discos que lançou com a marca Orfeu muitos dos discos do Zeca.
https://www.rtp.pt/play/p1953/david-ferreira-a-contar-consigo

A Antena 1 está a passar no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril um programa sobre os últimos meses que antecederam a Revolução:
https://www.rtp.pt/play/p12258/e739682/antes-da-revolucao-1973-1974

Boas escutas!

Luís Gonçalves

Teresa Veludo A Tua Voz

 

A Tua Voz

A tua voz hoje
tinha o tom de mar
que não conheço,
soava a ilha distante,
adormecida no colo
de um vulcão extinto,
a entoação de ondas
vazias de espuma,
oscilando nos ventos
irregulares de paragens
tao distantes como o frio.
A tua voz dizes
era só cansada de água
na liquidez turva que algas
tingiram de espera inútil
e de promessas tardias,
no silêncio da ilha deserta
que na lonjura fotografas,
fazendo da memória
viagem que nao recordo,
fogo que arde na beira
de todos os passos,
incendiando a ausência
de vã saudade.
A tua voz talvez seja noite
angústia que calo em mim,
luz oblíqua de sombras,
e mesmo assim desejo
escutar a tua voz rouca
sossegando as insónias
que antecipo todos os dias.
 
Teresa Veludo 
 
O Meu Rio sem Margens
(Direitos reservados)
Registado no IGAC
Munch




era o fim

 

Não foi o vento ao passar 

que me desgrenhou o pensamento.

Foi algo no

Não foi o vento ao passar 

que me desgrenhou o pensamento.

Foi algo no princípio

que era o fim

de todo o movimento.



que era o fim

de todo o movimento.

 

 

 

Plaisirs coupables par Amélie.Moshi — KissKissBankBank

Plaisirs coupables par Amélie.Moshi —

 



desce do templo

 

O olhar cheio de tempo

num murmúrio musical

harpejos lentos de vento

sumo do sol roseiral


mãos aladas gota a gota

esvoaçam sombra do dia

praia perdida gaivota

a marulhar poesia



véu azul desce do templo

onde se perdem os gestos

repetido movimento

passos lestos


escorrem dias como lágrima

pérolas d'água vertida

desdobrar múltiplas páginas   

sempre na história caída


cintilam escamas movendo

vago do azul perdido

soa em metáfora o tempo

na velha praia incendida.


Marília Gonçalves

 

 

 -BRAQUE

L'ordre des oiseaux'