Demónio- mulher- que nada!
desde Eva até aos ateus
sempre diabolizada
nos olhos de cada deus
que pela vida passando
aquilo que a noite aponta
mesmo se o dia sorri
só noite
a sombra é que vence
e nos encalces da história
cada Adão que por si pense
pensa em nome da memória
vê como no passado
mulher em vestes de medo
desfaz o dia sem glória
cultiva o verbo segredo
quando as Evas num grito
ainda lhe falam de amor
ouve ainda estridente apito
como pânico maior
e nunca a palavra é ganha
e nunca Adão se retrata
e Eva desce do tempo
e despe as vestes do nada.
CE JOUR-LÀ
Il y a 1 an
Demónio- mulher- que nada!
desde Eva até aos ateus
sempre diabolizada
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