Páginas

Páginas

Páginas

Páginas

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Uivam os ventos

 

Uivam os ventos

da solidão

abrem-se gestos

fecha-se a mão.

O vento brame

gira insistindo

vêm as sombras 

adustas rindo.

Noite de medo 

de solidão

voam protestos

de minha mão.

A tempestade

vem espargindo

mil pensamentos

 de mim saindo.

Não há abrigo

pra quem perdeu

o seu amigo

por entre breu.


Doem as asas à noite escura

a pairar breves sobre a loucura.

Doem-me os olhos

gesto sem mão

nascem-me abrolhos no coração.

 

   Marilia  Gonçalves

 


 




Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário espera moderação