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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Tejo doce e mar.

 

Noite mulata

O teu corpo de cetim

Vai roçar pelo luar

E não tem pena de mim.


Noite sombria

Pela sombra calada e fria

Há um eco de alegria

Que às vezes nos vem lembrar

Um outro dia

Quando a velha Mouraria

Soluçava em seu cantar

Numa noite sem luar


Noite felina

Pela avenida sozinha

Tens um corpo de varina

Desenhado no luar

Tuas colinas

Sobre a cidade menina

São a Lisboa perdida

Junto ao Tejo doce e mar.


Noite mulata

O teu corpo de cetim

Vai roçar pelo luar

E não tem pena de mim.

 

    Marília Gonçalves 

 

 


 

             


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