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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Pela PALESTINA

 

*Que todos os mortos se levantem

que venham todos e nomeiem chefe

um que tenha partido a arma em punho

bem erguida aos olhos dos tiranos

o que morreu em Maio ave de Junho


Que se levante e grite Palestina!

por ti posso morrer ainda outra vez…

mas ao pé de mim uma menina

gritava pelo irmão morto a seus pés

por isso e tudo mais que ódio fascista

varreu da terra entre cinza e pó

eu grito aos mortos da Bela Palestina.


Grito aos velhos combatentes que caíram

a ver manchado o solo de seus pais

 que de cabeça erguida resistiram

até não viver mais

grito aos jovens gentis adolescentes

que viram parar o sonho de mais vida

grito com tal vigor que aqui presentes

está na história de amor nunca vivida


Vou gritar também às criancinhas

mas não! Vou falar baixinho, docemente

não se vão assustar mais

são tão, novinhas

procuram com o olhar e com a voz

aterradas o carinho dos pais

mas em torno delas só crianças

gritando de aflição e nada mais


Que se levante e grite Palestina

por ti posso morrer ainda outra vez…

mas ao pé de mim uma menina

gritava pelo irmão morto a seus pés

por isso e tudo mais que ódio fascista

varreu da terra entre cinza e pó

eu grito aos mortos da Bela Palestina


Os mortos levantaram prontamente

com o Olhar em fogo oh mil tormentos

ao ver ali tais rostos conhecidos

amor que via ali corpos erguidos

famílias inteiras entre a sua

tinham todos a cruel imagem

de toda a sangrar a Palestina

,no horror das bombas dos larápios

que criminosos viviam de chacinas

pra melhor mutilar o bem sagrado! 

A TERRA A PALESTINA!


E as bombas caíram noite ou dia

ruído troando irrestrita guerra

não se ouvia nada em volta

ardia a terra

as crianças choravam não de ouviam

gritavam as mulheres de desespero

mas ouviam-se bombas prédios que ruíam

as mães entre os escombros procuraram

filhos  marido velhos pais.

cada recanto horrendo  percorria

aos gritos e aos ais

mas desfeitos estavam nada via

caia  morta sem os rever mais


o chefe num soluço raiva e dor

em sede de justiça pergunta ao jovem

que escutava perto o ar enfurecido

A ti que te roubaram na chacina

um grito rouco que na hora se escutou

fez vacilar todos os presentes

e ouviu-se gritar  A PALESTINA!

depois a minha noiva tão novinha

caiu rosto desfeito ao pé de mim

mais longe estava uma velhinha 

que ao escutar tal falou assim


Essa menina era minha neta

criada por mim com sacrifício

 estava feliz ia casar contigo

eu tinha atingido a solitária meta

mas assassinos destruíram meu sonhar

o alvo deles ultrapassou o meu

Assassinos que nem Humanos são

desde então para mim escureceu.


o Chefe dirigiu-se a uma Mulher

que aparentava trinta anos

e a ti o que te roubaram

e de novo se ouviu lancinante grito

A PALESTINA

 o bem maior que tinha

estava a escrever Livro que a contava

a nossa maneira de viver

antes! quando eles ainda aqui não estavam

nos podíamos viver


Os mortos de pé estavam ouvindo

com punho ergudo e gesto ameaçador

e todos um a um foram exprimindo

a dor que viva é cada vez maior.

Em uníssono urro que se ouvia

era a Pátria desfeita pelos tais

as crianças baixinho murmuravam

sem perceber o nome de seus pais.

mas a soluçar ainda  apercebia 

seus murmúrios diziam Palestina.



Digam agora o nome do culpado

Qual é o nome do réu

que daqui sai julgado

e os braços erguidos

os mortos responderam

É ISRAEL!


Marilia Gonçalves 

 


 



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