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terça-feira, 10 de setembro de 2024

o mar,de sombra

 

Poisou-me nas mãos a ave

que sabe qualquer caminho

depois voou para nave

de brancas velas de linho.


Levou-me pelo mar fora

estrelas enchiam o céu

até que a estrela da aurora

ao ser dia escureceu.


Corri os mares que há pelo mundo

de tanto uso tanta gente

ao oceano profundo

voltei continuamente.


Quando era o sol do meio-dia

que iluminava o convés

a sombra desaparecia

 na fundura das marés.


Mas quando ia anoitecer

o sol poisava no mar

parecia sangue a escorrer

mas a brilhar a brilhar.


A própria nave doirava...

mas depois de cor de estanho

em breve tempo ficava

o mar,de sombra, tamanho!

 

                Marilia  Gonçalves
 

 
 
 
 


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