Páginas

Páginas

Páginas

Páginas

domingo, 15 de setembro de 2024

Minha alma de poeta

 

Minha alma de poeta

vive versos

vibra neles como harpa ou violino

ou talvez uma guitarra

trepida como quem canta

inventa recordação

cor de grilo e de cigattta

constrói palavras de fogo

voando a cantar da  mão

na minha alma de poeta

de tanta fala secreta

de abismos ternos no olhar

há sempre uma porta aberta

por onde a luz vem espreitar

mesmo quando a escuridão

invade cada recanto

no frio da minha estação

esse inverno do meu espanto,

vai entre folhas caídas

nascendo sempre mais sol

e sobre vidas perdidas

meu choro de rouxinol

faz crescer trigais antigos

portos que dão para o mundo

onde há abertos postigos.

 .

 


  Marília Gonçalves

 

 

 

 

 


 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário espera moderação