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sábado, 7 de setembro de 2024

meu olhar de criança.

 

Nascem-me rosas nos cabelos

estão agora mesmo a germinar

entre história antiga de castelos

na lenda que por ti quer despertar.


Nascem rosas ou são cravos vermelhos

mas flores por vida tua só serão

nos lagos há reflexos d’espelhos

onde vejo surgir a tua mão.


A tua mão! Que hino me merecia

que página de lume a acordar

a tua mão de força e poesia

a tua mão, Apolo do luar.


Tu moreno de encanto onde tremo

a levar-me ao país onde rio gemo

de paisagem de sol d’estrelas e de mar

tu em mim a sorrir a cantar.


Meu mor que do tempo vens subindo nos dias

até chegares ao ponto onde eu te esperava

para vires povoar as paisagens vazias

a torná-las mais prenhes que vida me enlevava.


Meu amor pra quem escrevo, tu meu sonho que trago

a surgir sempre em mim, horizonte d’esperança

vem trazer-me num sopro

meu olhar de ceiança.

 

 

 


 

 

 

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