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sábado, 14 de setembro de 2024

Lassos de nada ver

 

Para aonde nos fogem olhos

Lassos de nada ver

Olhar interiorizado

Esvaem-se paisagens

Distantes do antigo presente.

Perdem para reencontrar.

Indagam caminho por onde resistir

 Sem monotonia de gestos bisados

A poisar sobre quanto se depara à nossa frente

 Encontram caminho interior

Voz que é futuro e foi passado

A prolongar… dar sentido

Meta que não se atinge.

       Oásis esquivo no olhar.

Olhos mais que meio da visão

 Essência outra índole de ver.

Desvendadores de expressão

Raro sulco de alegria

 Esmorecimento

 íman

 Fascina outros que passam ou subsistem

Olhos amor

Amor amizade ou amor amor

 Dizem uns que amor

Nos alucina

 Mas nos dá enfim

Diversa maneira de olhar

   Dimensão de vida que faltava

Olhar a invadir a treva

 Olhar benigno olhar rigoroso

A devolve-r[os à Natureza

 Naturalidade pra que foi gerado.

Olhos mais que órgão da vista

Abertura de quanto ignoramos.

 

Marilia Gonçalves

 

 

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