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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Fui africana

 

Após a leitura de “A Viagem”  de  Castro Seromenho 


Segui viagem

fui travessia

na vossa coragem 

de noite e de dia.


Fui africana

no mato na dor

tive uma catana 

com uivos de amor.


Fui o vosso riso

pela vossa mão

fui a escorrer mágoa

fui pelo sertão

estorcidas raízes

nos braços da água.


Fui tão vossa irmã

e tão humilhada

que em versos levanto

África de hoje

 maior que meu canto

 

  

 


 

 

 

 

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