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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Da Simbologia





Da Simbologia


Na eventualidade de haver plagiato numa obra é bastante difícil ter de tal a certeza. Primeiro porque a memória arquiva sem referências. aconteceu-me muitas vezes ao escrever ter a sensação de me encontrar face a frase conhecida. Minha, de outro como sabê-lo? folheio por isso meus cadernos, tarefa difícil diante do amontoar de páginas às centenas. no entanto na intenção da escrita reconheço alem da minha sensibilidade, o meu modo de me expressar. Tranquila por conseguinte continuo a escrever. Caí no outro dia sem o esperar sobre artigo tratando estas questões da propriedade. dizia o autor sobre a originalidade. que afinal a originalidade, esta não naquele que nunca copia outro, mas sim no que ninguém consegue imitar.

nem dos últimos me pretendo. Não me penso tão alta que ninguém me possa acompanhar o voo.

Mas voltando a memória é de salientar que na memória inconsciente podem arquivar-se dados dos quais nem temos consciência.

ainda sobre similitudes na escrita não é também menos verdade que na simbologia não se pode estranhar a ocorrência

de imagens semelhantes quando mesmo no sonho através do mundo os símbolos se repetem com o mesmo significado.

não se pode estranhar assim que imagens se pareçam mais ou menos. afinal somos ser humanos criativos ou não com a mesma carga afectiva sentimental, a traduzir os mesmos sofrimentos, angústias, desejos esperanças. Se a poesia é a voz interior como despi-la da colectiva simbologia, se estas habitam em permanência nossos sonhos. A honestidade consiste neste facto banal de nos reconhecermos limitados como seres criativos na nossa humana fronteira com limites de pele desconhecida.



Marilia Gonçalves




Linha morta

fala antiga

vinda de mundo

intrincado.

Alada forma

perdida

no azul inacabado.


Marilia Gonçalve
s

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