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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Azulejos de outro tempo

 

Casa vazia de lume

dos sonhos que nela pus

apagada num instante

oiro poente na luz.


Nos acenos da ramagem

há pratas verdes, o dia

a viajar na aragem

do sopro da nostalgia.


Azulejos de outro tempo

crepita o vento ao passar.

Sou mulher em movimento

e desfaço-me no ar.

 

 

  ,,,,Marília Gonçalves 

 


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